sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Reflexões


Neste universo cada vez mais ingrato
onde tudo seria já bem conhecido
afinal diariamente surge-nos o mais sofrido
escamoteando-se assim o evidente pacato.

Realmente outrora o ser vivia na sua pacatez
como produto do seu próprio nascer
num passado débil e frágil no amanhecer
envolvido posteriormente numa leal timidez.

Tudo em seu redor bebericava na sua valorização
evidenciando-se na sua criação da educação
bem como na sua posterior formação
resultado evidente de uma equilibrada e sensata modelação.

O Mestre representava um fiel modelo
figura paternal que nos procurava educar
talvez ali e acolá pudesse exagerar
mas lá no seu íntimo sabia como era o seu novelo.

Futuramente toda a sua personalidade
expressava-se em simples comportamentos e atitudes
o modo de sanar confusões e vicissitudes
obviamente traduziam toda a ideia de respeitabilidade.

Recuando a cassete do filme anterior
olho para o momento presente
a notícia raramente mente
apregoando que a educação é um horror.

Concordo e discordo em parte
muito e muito é transmitido e aprendido
construído, assimilado e aplicativo
modelado com similar arte.

Lamento que se ignore e esqueça
ensinamentos e basilares ideias
produto indelevelmente de matérias
que a geração ganhou e talvez não mereça.

Finalmente abro os olhares de par em par
fixando a vista na maravilhosa paisagem
tentando encontrar o porquê desta imagem
face à qual necessitamos de um outro mar.