São gestos
que fazemos
que dizemos
e por vezes esquecemos.
São marca
fantasia
estigma
uma débil farpa.
Com elas
pincelamos
gesticulamos
as finas arestas.
Servem de consolação
para o seu pintor
e simultaneamente escritor
enquanto afirmação.
Afirmação da sua patente
meritória
glória
da sua inigualável mente.
Pode-se copiar
criar-se num mar de imaginações
mas sem o mar das emoções
nada verdadeiramente se criar.
Dá a ideia que a Cultura
desapareceu e foi molestada
definhou sendo maltratada
e virou uma livre abertura.
Abertura a larga escala
misturando tudo numa gamela
pensar, sentir, viver à custa dela
erramos ao colocar a sopa na mesma panela.
As Palavras têm brilho
quando imitem a sua luz
que diariamente nos seduz
para um manancial de colorido.